Por que precisamos de biomateriais para a regeneração de tecidos humanos?
Os biomateriais revolucionaram a medicina, também na odontologia. Esses materiais projetados apoiam a migração celular, bem como a formação de tecidos e desempenham um papel fundamental na obtenção de resultados ideais de regeneração.
1. A Imperfeição da Regeneração Humana
Os humanos, ao contrário de alguns animais, não são regeneradores naturalmente competentes. Esta limitação significa que muitas vezes necessitamos de assistência externa para reparar e rejuvenescer tecidos danificados. Enquanto certos anfíbios e peixes podem regenerar naturalmente os dentes perdidos, os humanos não conseguem. É aqui que entra a magia dos biomateriais, aumentando a capacidade de regeneração do nosso corpo.
2. O Que é Um Biomaterial
Em sua essência, um biomaterial é uma estrutura projetada. Projetado propositalmente para interagir com células humanas, ele busca aproveitar o poder dos processos celulares para reconstruir tecidos humanos. No entanto, esses materiais não são de tamanho único. Eles vêm em várias formas: grânulos, membranas e matrizes, cada um desempenhando um papel único no processo de regeneração.
Para que um biomaterial seja eficaz, ele deve atender a três critérios cruciais. Primeiro, deve ser de fácil manuseio pelos médicos, garantindo que sua aplicação seja perfeita. Em segundo lugar, deve apoiar a regeneração dos tecidos sem quaisquer efeitos secundários. Por último, deve ser escalável para produção em larga escala e adequado para distribuição global.
3. O Processo de Regeneração de Tecidos Através de Biomateriais
Depois que um biomaterial é implantado no corpo, ele passa por hidratação. Depois disso, as células começam a se ligar ao material e as células-tronco iniciam a diferenciação. À medida que novos tecidos se formam, a vascularização é essencial, garantindo que o tecido em crescimento receba os nutrientes necessários.
O sucesso desta regeneração depende de vários fatores, sendo um dos mais cruciais o desenho dos poros do biomaterial. Para permitir a migração celular, o tamanho mínimo dos poros deve ser de cerca de 10 micrômetros. Para vascularização, precisa estar entre 40-50 micrômetros. A formação óssea, um processo mais complexo, exige poros ainda maiores, com tamanho ideal entre 200 e 500 micrômetros.
Em essência, através de biomateriais meticulosamente projetados, podemos tornar a regeneração tecidual mais previsível, atendendo e satisfazendo as diversas necessidades dos pacientes.